domingo, 18 de setembro de 2016

terça-feira, 16 de junho de 2015

Gêneros textuais na sala de aula

Neste ensaio irei mostrar a importância do trabalho com gêneros textuais no ensino de língua portuguesa. Além disso, comentarei sobre os modelos didáticos de ensino e aprendizagem dos gêneros na escola.

A escola é um lugar de comunicação que envolve o diálogo entre o professor e o aluno. Muitas vezes, nesse espaço de aprendizagem, o professor é visto como o “centro” de comunicação, o que passa a mensagem. Além disso, é importante pontuar que a língua é o instrumento utilizado no processo de ensino/aprendizagem nos mais diversos contextos. E como a língua se materiza em textos que tem a forma de algum gênero, daí a importância do trabalho com o gênero na sala de aula, mas sempre contextualizando com os alunos, visto que, muitas vezes, o aluno não entende o porquê de usar aquele determinado gênero, em qual situação aplicar. Sendo assim, levar o aluno a dominar determinados gêneros textuais através da prática de linguagem é fundamental, criando situações autênticas de comunicação, fazendo com que ele desenvolva sua capacidade de escrita ou oral.

Quando falamos de gênero textual, cria-se um campo muito complexo. Dentro das escolas ensina-se muito ao aluno como identificar o gênero de determinado texto. Darei um exemplo vivenciado por mim, dentro da sala de aula, como aluna no ensino médio: O professor aplica um exercício e nesse exercício há uma imagem com a placa “PARE” e um com o poema de Carlos Drummond de Andrade. A partir disso o professor pede ao aluno para identificar se o texto é oral e não oral, e se for oral a que tipo de gênero pertence. Na imagem com a placa “PARE” logo o aluno identifica que o texto é não oral, e o poema de Carlos Drummond de Andrade é considerado como linguagem escrita e poética. Fazendo isso, o aluno cria uma capacidade remota, visto que quando se depara com uma imagem que tem só gestos, já a classifica como não oral, onde está passando uma mensagem sem possuir escrita. 

Pelo exposto, é perceptível que devemos ensinar aos alunos não só á definição dos gêneros, mas ensinar para eles onde e como aplicá-los. Esses gêneros textuais funcionam como instrumento de comunicação na escola, o aprendiz, que é o aluno, cria uma capacidade espontânea devido às regras, explicações e instruções que a instituição aplica. O ensino de gênero textual é importante, visto que a vida da sociedade atual é perpassada por múltiplos gêneros de textos escritos e orais.
                                                                                                                                
                                                                                                                              Nayara Rodrigues [1]


[1] Graduanda do curso de Letras da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizonte. Ensaio feito nas aulas de “Produção de textos III”.

Referência:


KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. Desvendando os segredos do texto. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2011. 53-60 p.

O trabalho com o texto poético nos últimos anos do ensino fundamental

O texto poético na educação básica, em grande parte das escolas, especificamente nos últimos anos do ensino fundamental, não vem sendo trabalhado e executado de forma eficiente e esclarecedora. O aluno não sai dessa fase do ensino com o mínimo de conhecimento que deveria ter para usufruir dos bens culturais e artísticos da nossa sociedade. O grande problema é a forma descontextualizada como é feito esse trabalho, visto que, muitas vezes, é feito com intuito único de desenvolver atividades relativas à gramática e não ao texto em si, a ideia da obra ou do autor. Os textos, mutias vezes, são trabalhados de forma vaga sem que seja evidenciada a importância deles para a literatura nacional ou internacional.

Alguns educadores do ensino fundamental trabalham o texto poético de uma forma limitada, inclusive com relação à sua diversidade. Ou seja, ensina-se somente a poesia com rima como se esse fosse o único tipo de texto poético. O aluno sai da instituição de ensino para a vida sem saber a diferença entre poesia e outros textos do domínio literário, achando que o texto poético limita-se só a poesia, e que poesia limita-se só a um jogo de rimas.

É comum ver jovens que não deram continuidade ao ensino após terem concluído o ensino fundamental e não conhecerem grandes autores, ainda que os mais falados como: Machado de Assis ou Carlos Drummond de Andrade e suas respectivas obras, isso porque não os conheceram no ensino fundamental. Ou seja, são privados de ter uma visão e formação com relação a estes textos, pois não os viram e nem sabem sequer que existem.

Uma série de atividades deveria ser desenvolvida com a intenção de despertar o interesse literário dos alunos para os textos poéticos, como visitas a museus, teatros, exposições artísticas e etc. Enquanto isso não acontecer, o resultado é a total falta de formação adequada, cultural,  artística e literária desses alunos.


Como consequência disso, forma-se uma sociedade mal esclarecida, cidadãos sem uma visão crítica com relação não só a textos poéticos em si, mas também com relação a questões sociais. O conhecimento que deveria ser adquirido é perdido, e a estes alunos é dada apenas uma pequena porção um tanto vaga e confusa de todo esse universo literário, o qual sem ele se torna impossível formar um cidadão com condições de se posicionar de forma crítica frente a questões que cercam seu meio social. 

Rodrigo Ferreira Alves[1]



[1] Graduando do curso de Letras da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizonte – FACISABH. Ensaio escrito nas aulas da disciplina “Produção de textos III”.

Breve reflexão sobre a produção textual na escola

No presente ensaio acadêmico será abordada a produção de texto no ensino fundamental, mais especificamente, os problemas que os alunos encontram ao produzir um texto. Nas escolas deve-se desenvolver trabalhos para eliminar o fracasso associado e as dificuldades que os alunos encontram para a elaboração de texto e para exposição de suas ideias através da língua escrita.

Para se elaborar um bom texto é necessário que os professores apresentem alguns objetivos específicos de produzir um bom texto, ajudem os discentes a planejar o que pretendem escrever, ter uma boa textualização e a revisarem toda a produção a fim de corrigir os erros ou até mesmo acrescentar informações importantes. Para escrever um bom texto é necessário que tenha um gênero textual definido, o objetivo que se pretende com o material escrito, ser sempre coerente com o que se escreve.

Muitas vezes, a produção de texto é vista como um bicho de sete cabeças pelo aluno, algo difícil de ser elaborado e realizado. Muitos alunos não sabem por onde começar a sua produção: têm poucas ideias, vocabulários restritos, desinteresse, há professores desestimulados, dentre outros fatores. O principal deles é a falta de leitura. Um aluno que não costuma praticar a leitura apresenta dificuldades para produzir um bom texto. Para ele, o fato de redigir textos sem nenhum propósito mostra o professor como uma pessoa que simplesmente aponta erros e nada acrescenta, não há temas estimuladores ou interlocutores reais que o façam ter o prazer de escrever determinado tema. O aluno precisa ser preparado, pois quando se envolve com aquilo que faz, entrega-se e fala com muito mais prazer e naturalidade.


Esse desinteresse que alguns alunos do ensino fundamental têm pela escrita precisa ser resolvido, pois muitos só se darão conta disso quando já estiverem no ensino superior e se depararem com dificuldades de elaborar textos acadêmicos que são muito mais complexos do que os dados por seus professores ainda no ensino fundamental.

Thais Fernanda Fonseca Mariano[1]


[1] Graduanda do curso de Letras da Faculdade de Ciências Sócias Aplicadas de Belo Horizonte – FACISABH. Ensaio produzido na disciplina “ Produção de texto III “.

A literatura no ensino fundamental

Em algumas escolas da rede de ensino fundamental do Brasil, o ensino de literatura é um grande desafio para os professores. Sendo assim, pretende-se discutir alguns problemas relacionados ao ensino de literatura. Esse desafio se traduz, em parte, na grande dificuldade que muitos alunos têm de absorver os conteúdos vigentes nos livros didáticos por estarem presos a práticas que visam o desenvolvimento de técnicas de leitura que não cumprem o seu papel pedagógico em relação à formação de bons leitores, fato esse associado à má mediação de alguns docentes.

Na medida em que muitos professores usam a literatura como pretexto para o ensino de outros conteúdos, levando em consideração apenas a capacidade que o leitor tem de memorizar classes gramaticais, a literatura enquanto um objeto que amplia e une diversas culturas, dentre outras características, perde o seu caráter libertador.

Uma proposta interessante para o ensino de literatura é o trabalho com seminários e apresentações teatrais que, de maneira bem distinta, contextualiza algumas obras literárias de grande peso no universo acadêmico com a realidade na qual estão inseridos os jovens leitores, levando-os a se interessarem por alguns gêneros literários.

Não há uma fórmula mágica no que se refere à introdução do ensino de literatura na escola. A grande dificuldade encontrada por alguns professores nos ambientes escolares está ligada a baixa familiaridade que alguns alunos têm em relação aos livros. Antes da apresentação da disciplina, muitos sentem certo estranhamento que nãos os possibilitam a compartilhar suas experiências enquanto leitores em um seminário, por exemplo. Muitas vezes o leitor sente dificuldade por não ter uma bagagem literária que o auxilie na exposição de sua experiência com o livro.

O caminho para acabarmos com essa deficiência envolve tanto a escola quanto a família do aluno, tendo em vista que muitas crianças, nessa fase, repetem o que lhes é exposto por estas duas instituições.


A ampliação de espaços literários, como bibliotecas públicas, feiras literárias também são de vital importância no diálogo entre os estudantes, os textos literários e a Escola no que concerne ao debate em prol da reformulação dos métodos de ensino de literatura.
Carlos Eduardo Cardoso Soares[1]


[1] Graduando do Curso de Letras da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizonte FACISABH. Ensaio produzido na disciplina “Produção de textos III. 

A importância dos gêneros textuais no ensino médio

Este ensaio visa a demonstrar a importância de se ensinar vários gêneros textuais na sala de aula, para que o aluno possa se comunicar melhor na sociedade, visto que o trabalho com gêneros permite explorar os aspectos cognitivos e intuitivos que poderão ajudar o discente a compreender as diversas estruturas de textos de diferentes gêneros.

Os gêneros textuais são empregados de acordo com a situação para a qual foram criados. Para exemplificar quando e como um gênero é empregado, pode-se analisar o discurso de um advogado defendendo seu cliente em um tribunal de justiça. Esse profissional não usará a mesma modalidade formal da língua se estiver em uma confraternização de família ou até mesmo em uma roda de amigos.

Um dos ambientes mais propícios para desenvolver a capacidade do aluno de analisar e produzir os vários gêneros textuais é o ambiente escolar, lugar esse em que o aluno amplia e desenvolve a prática de ler e de interpretar diferentes tipos de textos, que circulam em toda a sociedade. As pessoas passam grande parte de suas vidas em uma sala de aula. Nesse ambiente, entram em contato com diferentes gêneros textuais escritos e orais como literatura de cordel, contos e ditos populares, poesias e canções, produzidos em diferentes épocas entre outros.

Quando se vai trabalhar um gênero textual na sala de aula, mais precisamente no ensino médio, que é a última fase do ensino básico, deve-se levar em conta alguns aspectos importantes como: qual é o objetivo de se aprender diferentes gêneros, como despertar o interesse do aluno e a maneira de trazer isso para sua realidade e cotidiano. Muitas vezes, o aluno não compreende o porquê de ler textos de determinados gêneros ou como eles poderão ser úteis em sua vida. Dessa forma não conseguem fazer um juízo de valor do conteúdo que aprendeu em sala de aula. Um bom exemplo seria o de um aluno que mora em uma cidade grande como Rio de Janeiro e precisa fazer um trabalho escolar sobre literatura de cordel encontrada no interior do nordeste que a princípio não dialogaria nada com sua realidade. Cabe, então, aos professores, através de seus discursos e por meios lúdicos, ajudarem seus alunos a conhecerem e a se interessarem por um gênero que a princípio não dialogaria com sua realidade ou seu cotidiano, mas que o ajudará a ampliar sua bagagem cultural e seus conhecimentos de mundo. Os profissionais da educação precisam ajudar seus alunos a despertarem o gosto por vários gêneros textuais que devem ser trabalhados na sala de aula.

Os alunos do ensino médio estão praticamente concluindo o processo de aprendizagem do ensino básico e é necessário que eles saiam da escola conhecendo diferentes tipos de gêneros textuais para que possam empregá-los em diferentes contextos no decorrer de suas vidas. O ensino básico tem um papel fundamental nesse processo de apresentar e distinguir diferentes gêneros para os estudantes. 

O educador deve se perguntar e se questionar sobre como despertar a curiosidade do aluno do ensino médio para conhecer poetas de um estilo como o barroco, geralmente, trabalhado nessa fase escolar. Qual seria a maneira de trazer um poeta como Gregório de Matos do século XVII para o dia a dia do aluno? Uma estratégia seria juntar, por exemplo, um tema de um poema de outra época com algo que ele vive no seu cotidiano de forma atrativa. Um poema seiscentista poderia dialogar com uma música que o aluno ouça e goste. Despertar o gosto do aluno por vários gêneros textuais o ajudará a comparar o atual com algo já vivido e trabalhado anteriormente como, por exemplo, analisar o que mudou e o que permaneceu nos estilos na música, na arquitetura, na poesia do século XVII para o século XXI. Verificar, por exemplo, se é possível relacionar alguma temática de século anterior com um RAP da atualidade, uma paródia que ouviu na internet, etc.


Educar ultrapassa os limites escolares, pois, através do ensino, o indivíduo aprenderá lições que o acompanharão em toda sua vida acadêmica e social. Conhecer e trabalhar diversos gêneros textuais são papéis dos educadores, para que seu aluno amplie seu conhecimento, principalmente, no ensino médio, pois esse será o último período dos educandos na educação básica, portanto buscar formas criativas para despertar a atenção e o interesse dos alunos é responsabilidade de todos os profissionais envolvidos na educação.

Maxwell Dias Lourenço[1]


[1] Graduando do curso de Letras da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizonte – FACISABH. Ensaio produzido nas aulas de “Produção de textos III”.

A importância dos gêneros do discurso no ensino

Neste ensaio, pretendo analisar a importância dos gêneros do discurso na sala de aula e abordar a forma como o professor trabalha os gêneros no ensino médio. Após a leitura do primeiro capítulo do livro Gênero do discurso na sala de aula, de Helena Nagamine Brandão, cheguei à conclusão de que muitos professores do ensino médio têm dificuldade para trabalhar com gêneros na sala de aula.

Os gêneros do discurso, escritos ou orais, são meios ou condições que as pessoas utilizam para se comunicar, dependendo de suas necessidadeso. Para que haja um bom aproveitamento do ensino de língua, baseado nos gêneros, é fundamental que os professores estejam preparados, conhecendo bem esse tema, pois não é fácil teorizá-lo, mesmo que a maioria deles faça parte do nosso cotidiano. Além disso, é necessário que, ao trabalhar com gêneros, o professor explique ao aluno sobre suas estruturas, sua funcionalidade, mostrando ao estudante o motivo pelo qual está aprendendo sobre o assunto e sua aplicabilidade em situações comunicativas.

O trabalho com gêneros discursivos no ensino médio é primordial para se trabalhar a produção de textos e de leitura de textos de diversos domínios. Entretanto, uma questão que se coloca, é se existe algum gênero ideal para ensinar em sala de aula. De acordo com Marcuschi (2008), os próprios PCNs não apresentam nada conclusivo a esse respeito, apenas apontam que alguns gêneros são mais adequados para produção de textos e outros para leitura, como, gêneros dos domínios literário, publicitário e jornalístico. Esse tipo de apontamento deve ser observado no momento em que o professor for decidir que tipo de gênero irá trabalhar em sala de aula.

O educador tem uma função importante na sala de aula, visto que, além de ensinar a matéria ao aluno, ele deve explicá-la de maneira didática para que o estudante compreenda o que lhe é ensinado e tenha interesse em aprender. Por isso, destaco a grande importância de um ensino de língua baseado na teoria de gêneros, tema que ajudará o aluno em sala de aula. É importante que sejam apresentadas ao aluno estruturas diferentes de gêneros, e ao escolher e trabalhar com gêneros o professor deve estimular a escrita através da produção de textos, por exemplo, pois com a prática textual, o aluno desenvolverá habilidades que o ajudarão além da sala de aula.

Concluo que ao estudar a língua, tendo como suporte teórico as noções de gênero do discurso, o aluno estará explorando sua capacidade de identificar diferentes tipos de textos, melhorar sua escrita, além de que estará mais preparado para usar na prática o que aprendeu em sala de aula.

Aline Morais de Oliveira[1]


[1] Graduanda do curso de Letras da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizonte – FACISABH. Ensaio apresentado na disciplina “Produção de textos III”.

Referências

BRANDÃO, Helena Nagamine. Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, discurso político, divulgação científica. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2011.



MARCUSCHI, Luiz Antonio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.