Este ensaio visa a demonstrar a
importância de se ensinar vários gêneros textuais na sala de aula, para que o aluno
possa se comunicar melhor na sociedade, visto que o trabalho com gêneros permite
explorar os aspectos cognitivos e intuitivos que poderão ajudar o discente a
compreender as diversas estruturas de textos de diferentes gêneros.
Os gêneros textuais são empregados de
acordo com a situação para a qual foram criados. Para exemplificar quando e
como um gênero é empregado, pode-se analisar o discurso de um advogado
defendendo seu cliente em um tribunal de justiça. Esse profissional não usará a
mesma modalidade formal da língua se estiver em uma confraternização de família
ou até mesmo em uma roda de amigos.
Um dos ambientes mais propícios para
desenvolver a capacidade do aluno de analisar e produzir os vários gêneros
textuais é o ambiente escolar, lugar esse em que o aluno amplia e desenvolve a prática
de ler e de interpretar diferentes tipos de textos, que circulam em toda a sociedade.
As pessoas passam grande parte de suas vidas em uma sala de aula. Nesse ambiente,
entram em contato com diferentes gêneros textuais escritos e orais como
literatura de cordel, contos e ditos populares, poesias e canções, produzidos
em diferentes épocas entre outros.
Quando se vai trabalhar um gênero
textual na sala de aula, mais precisamente no ensino médio, que é a última fase
do ensino básico, deve-se levar em conta alguns aspectos importantes como: qual
é o objetivo de se aprender diferentes gêneros, como despertar o interesse do
aluno e a maneira de trazer isso para sua realidade e cotidiano. Muitas vezes,
o aluno não compreende o porquê de ler textos de determinados gêneros ou como
eles poderão ser úteis em sua vida. Dessa forma não conseguem fazer um juízo de
valor do conteúdo que aprendeu em sala de aula. Um bom exemplo seria o de um
aluno que mora em uma cidade grande como Rio de Janeiro e precisa fazer um
trabalho escolar sobre literatura de cordel encontrada no interior do nordeste
que a princípio não dialogaria nada com sua realidade. Cabe, então, aos
professores, através de seus discursos e por meios lúdicos, ajudarem seus
alunos a conhecerem e a se interessarem por um gênero que a princípio não
dialogaria com sua realidade ou seu cotidiano, mas que o ajudará a ampliar sua
bagagem cultural e seus conhecimentos de mundo. Os profissionais da educação
precisam ajudar seus alunos a despertarem o gosto por vários gêneros textuais
que devem ser trabalhados na sala de aula.
Os alunos do ensino médio estão
praticamente concluindo o processo de aprendizagem do ensino básico e é necessário
que eles saiam da escola conhecendo diferentes tipos de gêneros textuais para
que possam empregá-los em diferentes contextos no decorrer de suas vidas. O
ensino básico tem um papel fundamental nesse processo de apresentar e
distinguir diferentes gêneros para os estudantes.
O educador deve se perguntar e se
questionar sobre como despertar a curiosidade do aluno do ensino médio para conhecer
poetas de um estilo como o barroco, geralmente, trabalhado nessa fase escolar.
Qual seria a maneira de trazer um poeta como Gregório de Matos do século XVII
para o dia a dia do aluno? Uma estratégia seria juntar, por exemplo, um tema de
um poema de outra época com algo que ele vive no
seu cotidiano de forma atrativa. Um poema seiscentista poderia dialogar com uma
música que o aluno ouça e goste. Despertar o gosto do aluno por vários gêneros
textuais o ajudará a comparar o atual com algo já vivido e trabalhado
anteriormente como, por exemplo, analisar o que mudou e o que permaneceu nos
estilos na música, na arquitetura, na poesia do século XVII para o século XXI.
Verificar, por exemplo, se é possível relacionar alguma temática de século
anterior com um RAP da atualidade, uma paródia que ouviu na internet, etc.
Educar ultrapassa os limites escolares,
pois, através do ensino, o indivíduo aprenderá lições que o acompanharão em
toda sua vida acadêmica e social. Conhecer e trabalhar diversos gêneros
textuais são papéis dos educadores, para que seu aluno amplie seu conhecimento,
principalmente, no ensino médio, pois esse será o último período dos educandos
na educação básica, portanto buscar formas criativas para despertar a atenção e
o interesse dos alunos é responsabilidade de todos os profissionais envolvidos
na educação.
Maxwell Dias Lourenço[1]
[1] Graduando do curso
de Letras da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizonte –
FACISABH. Ensaio produzido nas aulas de “Produção de textos III”.
O ensaio produzido pelo Maxwell Dias foi muito bom pois gêneros textuais vêm sendo título de inúmeros estudos, porém, não é fácil teorizar sobre esse tema, mesmo sendo ele parte integrante da vida social de qualquer ser humano. É um tema bastante interessante que requer bastante trabalho para ser desenvolvido pelos professores para que possam despertar aos alunos a curiosidade de conhecer outros gêneros nem que sejam de outras formas lúdicas que despertem o interesse aos alunos,pois como defende o filosofo da linguagem ( Bakhtin), só nos comunicamos por meio de gêneros .
ResponderExcluirMuito bom Max...
ResponderExcluirEmbora eu acredite que não exista "ensino" e sim; "aprendizado", ou seja, muitas vezes a ação primeira tem que partir do aluno ( Isso é raro). Eu gostei do seu último parágrafo. Educar e todos os sinônimos que essa palavra comporta só tem sentindo se ultrapassar tais limites, nesse caso, a esfera acadêmica.